São muitas as designações que podem dar-se aos Registos Religiosos. Há quem lhes chame Memórias ou Saudades pois guardam memórias e saudades de determinados momentos, como por exemplo as que são realizadas com pagelas de Batismos, 1ª Comunhão, Crisma, Matrimónio,etc. Há também quem lhes chame Santinhos ou Bentinhos, por serem executados com santinhos normalmente abençoados. Outros ainda dão-lhes o nome de Lâminas, Maquinetas, Lapelas,etc.
De qualquer forma a designação mais frequente é: Registos ou Registros.
A arte dos Registos é uma velha tradição portuguesa de origem conventual. Antigamente era costume oferecer fogaças à igreja na ocasião de certas festividades (costume que ainda persiste nalgumas localidades), e em retribuição, a igreja oferecia um santinho ou pagelinha. Alguns serviam muitas vezes para marcar a página de um livro de oração, missal, Bíblia ou outro que se tivesse para utilização religiosa. Eram registos de uma passagem que se lia muitas vezes. Outros eram por vezes entregues aos cuidados de irmãs religiosas, que elaboravam os tais registos com adornos e tecidos raros que sobravam da paramentaria e os emolduravam passando a povoar as paredes das casas médias e ricas, símbolos de protecção, num mundo em que eram mais os perigos ou o medo deles e menos as imagens onde pousar os olhos.
Os Registos de Santos tiveram particular expressão em Portugal, sobretudo em meados do século XVIII, devido ao incremento da actividade dos gravadores e do comércio de gravuras e estampas à escala internacional.
Paralelamente, este tipo de gravuras tornou-se bastante popular devido às inúmeras peregrinações, círios e festividades pendulares, nas quais a presença dos fiéis foi marcada pela posse de um objecto evocativo da participação no mesmo, materializada em registos, fitas e medalhas.
1 comentário:
É interessante vêr que estas minhas palavras espalhadas por muitos outros blogs onde é divulgada esta arte conventual dos Registos Religiosos... É certo que estas palavras não são exclusivamente minhas, resultam de uma pesquisa que realizei... Mas também não transcrevi na integra os textos que consultei... Fiz um texto a partir daquilo que consultei... Era interessante que outros fizessem o mesmo e não copiassem na integra aquilo que escrevi sem sequer ao menos sitar a fonte...
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